O Municipio de Tauá completa nesta sexta-feira, 03, seus 217 anos de Emancipação Política.
Para comemorar a data, foi elaborada uma programação que foi aberta nesta quarta-feira, 01, que se encerrará somente no sábado, 04 de maio.
No Dia do Município, os festejos começam às 5h da manhã com alvorada festiva, queima de fogos e repicar do sino, em frente a Igreja Matriz, no centro da cidade. Já às 8h acontecerá o hasteamento dos pavilhões, desfile das forças de segurança, entrega de fardamento aos Agentes de Cidadania e de viaturas para as forças municipais de segurança.
Também haverá uma apresentação do Corpo de Bombeiros que nessa data comemora 10 anos de implantação em Tauá. Já ao meio dia, acontecerá um torneio de Handebol Masculino e Feminino, no Ginásio Júlio Rêgo. A partir das 16h, será realizada a I Corrida de Rua São João do Príncipe, com uma premiação de R$ 600,00, a ser dividida entre os 3 primeiros colocados.
No período da noite, será inaugurado às 18h, o no Parque da Cidade, o monumento comemorativo aos 217 anos de Emancipação Política de Tauá, com a presença do Prefeito Fred Rêgo e autoridades municipais. Em seguida, será realizado o Concerto Musical com a Orquestra Chico Clarinete, também no Parque da Cidade. Ainda no decorrer do dia serão realizadas competições esportivas e
A programação ficará encerrada no sábado, 04, com a realização de um Fórum Regional Junino sobre o Chitão dos Inhamuns; entrega de certificados do Curso de Empreendedorismo Inova Jovem Tauá, a partir das 8h da manhã, no Parque da Cidade.
As festividades serão encerradas às 20h com a apresentação da peça teatral “Romeu e Julieta no tempo da dengue”.
História de Tauá
Em 1708, Lourenço Alves Feitosa recebeu uma sesmaria situada nas ribeiras do rio Jucás, para o estabelecimento de uma fazenda. As sesmarias eram terras dadas pelos reis de Portugal para quem quisesse cultivá-las. Dez anos mais tarde, o capitão Luís Coelho Vital foi chamado para conquistar e povoar uma larga e extensa faixa de terra dentro daquela sesmaria, nos famosos Sertões dos Inhamuns.
Anos mais tarde, precisamente em 13 de março de 1724, Lourenço Alves Feitosa recebeu do atual dirigente da Capitania do Ceará Grande, Manuel François, mais três léguas de terras situadas nos caminhos dos Inhamuns. Nessa mesma época, eram concedidas diversas sesmarias, entre elas uma situada nas margens do rio Jaguaribe para o capitão Geraldo Monte, que se tornou inimigo de Lourenço Alves Feitosa, pela proximidade entre suas terras.
Durante muitos anos ocorreu uma terrível luta entre Monte e Feitosa, com a participação de diversas localidades, cujos nomes servem de exemplo para aquela fase: Riacho do Sangue, Trincheiras, Cruzes, Tropas, Emboscada. Após essa luta, diversas outras também aconteceram e foram importantes para a formação da sociedade local.
Podemos citar os confrontos entre os Araújos e Maciéis, os Viriatos e Calangos e os Cunhas e Patacas. Após essas lutas, Tauá surgiu como um pacato lugarejo, em pleno sertão dos Inhamuns. Em uma portaria de 14 de dezembro de 1801, foi indicado o ouvidor da Capitania Gregório da Silva para viajar até aquela localidade e estudar a possibilidade de sua elevação à vila.
Foram prestadas diversas homenagens à comitiva pela população e, em cerimônia realizada com a presença de todos, foi lida a ata que erigia a povoação em Vila com a denominação de São João do Príncipe, a 03 de maio de 1802. A igreja na localidade foi instituída em 17 de agosto de 1852, sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da cidade. A criação da comarca data de 1836, pela Lei Provincial no 52, de 25 de setembro.
Comarca é uma divisão territorial representada pelo Poder Judiciário. Em 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca Proclamou a República no nosso país. Em seus primeiros dias, procurou-se eliminar todos os traços do extinto regime monárquico.
Uma das conseqüências dessa nova ordem foi a mudança da designação da Vila para São João do Príncipe dos Inhamuns, em 02 de fevereiro de 1889. Esse nome veio a ser substituído pela Lei no 485 de 14 de outubro de 1898 pelo seu atual nome: Tauá. Pela Lei Estadual no 2677 de 02 de agosto de 1929, a vila foi transformada em cidade na administração de Dr. Manuel do Nascimento Fernandes Távora, primeiro interventor federal no Ceará.
Em 1933, a divisão administrativa fixou para o município os distritos de Tauá, Flores, Cococi, Arneiroz, Barra Nova, Santa Catarina, Marrecas e São Pedro da Cachoeirinha, exceto Marruás, distrito enquadrado neste mesmo ano no município de Maria Pereira, atual Mombaça. Marruás só foi incluído em Tauá no ano seguinte. Em 1937, o município foi acrescido do distrito de Santo Antônio das Carrapateiras, enquanto o de Santa Catarina se transferiu para Saboeiro.
Na divisão territorial seguinte, em 30 de dezembro de 1943, o município conservou os distritos, tendo apenas alterados alguns de seus nomes: Nova Cruz, Cachoeirinha e Flores passaram a se chamar Inhamuns, Parambu e Trici.
Em 15 de setembro de 1956, o então governador Paulo Sarasate desmembrou do município de Tauá os distritos de Parambu e Cococi, criando uma nova unidade municipal com sede em Parambu. No ano seguinte, foi a vez do distrito de Arneiroz ser elevado à categoria de município. Significado do nome Tauá e dos Inhamuns Existem diversas interpretações diferentes para o significado da palavra Tauá.
Uma delas é “barro vermelho”, palavra indígena. Outra afirma que Tauá quer dizer Cidade Antiga, ou Aldeia Antiga. Podemos citar também: “barro amarelo”, “solo tipicamente laterizado” e “palmeira do Brasil”. A origem da palavra Inhamuns é de denominação indígena, tribo que habitava o alto sertão dos inhamuns – “Índios Jucás”.
Já José de Alencar diz que Inhamuns também quer dizer “Irmão do Diabo”. Primeiros habitantes da região Quando os colonizadores chegaram aos Inhamuns, já encontraram algumas tribos indígenas naquelas terras. Eles chamavam-se Jucás e Genipapos.
Os Jucás eram aldeados no Arneiroz e os Genipapos nas terras mais próximas da fronteira com o Piauí. Para demarcarem seu território e defender-se dos ataques inimigos, os Jucás construíram uma fortaleza no Saco do Coronzó, conhecida como as Muralhas Rochosas, que fica ao lado da Serra Grande.
Com a chegada dos colonizadores, as famílias que dominaram a região, inicialmente foram os acima citados Feitosa e Monte, representados por seus chefes: Lourenço Alves Feitosa e Geraldo Monte. Já foi citada a luta entre essas duas famílias, que foram pioneiras nessas terras.
Pesquisa feita no site da Prefeitura de Tauá
Repórter: Wilrismar Holanda
Foto: Ulisses Lima